A prevalência de doenças demenciais, como a Doença de Alzheimer (DA), tem crescido em todo o mundo, e as mulheres são o grupo populacional mais afetado. Uma das explicações fisiológicas para esse fenômeno é o declínio dos níveis de estrogênio durante a menopausa.
Existem receptores de estrogênio em todo o cérebro, e esse hormônio regula vários processos fisiológicos, incluindo plasticidade sináptica neuronal, neuroinflamação, utilização de macronutrientes cerebrais, metabolismo do DHA e integridade da barreira hematoencefálica.
Nesse contexto, o uso da terapia de reposição hormonal (TRH) durante a transição menopausal e pós-menopausa está sendo considerado como uma estratégia para atenuar o declínio cognitivo. Porém, os resultados da TRH na prevenção do declínio cognitivo são conflitantes. Estudos recentes identificaram o genótipo APOE e a idade do início da TRH como potenciais moduladores da resposta cognitiva da TRH.
O genótipo APOE é o determinante genético mais importante do declínio cognitivo e do risco de DA. Para se ter uma ideia, o risco de DA é de 12 a 15 vezes maior nos indivíduos com genótipo APOE4/E4 em relação ao genótipo de tipo APOE3/E3. Portanto, a hipótese é que a TRH terá mais benefícios cognitivos em APOE4 em comparação com mulheres não APOE4, principalmente quando introduzida precocemente durante a transição da menopausa.
Nesse recente estudo publicado na Alzheimer’s Research & Therapy, pesquisadores da University of East Anglia (Reino Unido) investigaram o papel modulador do genótipo APOE e da idade no início da TRH na resposta cognitiva à TRH. Para isso utilizou-se dados transversais de participantes da coorte European Prevention of Alzheimer’s Dementia (EPAD) (total 1.906; mulheres = 1.178, 61,8%).
Como resultado, observou-se que a introdução de TRH foi associada a volumes hipocampais (direito e esquerdo) maiores nas portadoras do genótipo APOE4. O estudo também mostrou que quanto mais cedo a idade de início da TRH, maior o volume do hipocampo, além de um efeito benéfico em uma variedade de testes de função cognitiva. No geral, as mulheres com genótipo APOE4 respondem melhor à TRH.
Em suma, os resultados do estudo sugerem que a intervenção com TRH pode ser benéfica, especialmente se introduzida antes que um certo limite de dano neuronal se acumule. Reforçando que esta foi uma análise transversal que impossibilita o estabelecimento de relação causal. A confirmação dos achados em ensaios clínicos randomizados é necessária para estabelecer a causalidade.
Conclusão
Sabemos que a Obesidade é um fator de risco para doenças demenciais como o Alzheimer e ter conhecimento sobre estratégias para diminuir a incidência dessas doenças é essencial para a promoção da saúde e qualidade de vida do paciente.
Pense que, durante seus atendimentos, grande parte dos pacientes com Obesidade podem estar com outras patologias em uma relação bidirecional. Você, como médico, precisa conhecer essas patologias e entender como elas podem interferir no tratamento de emagrecimento.
O tratamento individualizado é um dos pilares centrais para seus pacientes se encantarem com o seu trabalho e espalharem seu nome como Médico Referência em sua região.
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