Médico, para se tornar um Médico Referência em Emagrecimento é essencial saber conduzir um processo de perda de peso levando em consideração as individualidades do seu paciente.
Imagine que um paciente chega até você dizendo que o maior sonho da vida dele é emagrecer e na anamnese você percebe que ele possui diabetes tipo 1.
Por conta disso, infelizmente não podemos utilizar diversos medicamentos presentes no tratamento da Obesidade. E agora, como tratar esse paciente?
No conteúdo de hoje o Prof. Gabriel aborda exatamente isso, confira:
Resenha do artigo: Association of glucagon-like peptide-1 receptor agonists with cardiac arrhythmias in patients with type 2 diabetes or obesity: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials.
Agonistas dos receptores de GLP-1 (GLP-1 RAs), como o Ozempic, têm sido altamente recomendados para controle glicêmico e redução de peso. No entanto, alguns estudos sugerem que a utilização de GLP-1 RAs está relacionada a um aumento na frequência cardíaca, o que poderia potencialmente induzir arritmias cardíacas.
Por outro lado, há outros estudos que apontam que os GLP-1 RAs estão associados a uma redução nos principais eventos cardiovasculares adversos. Mas afinal de contas, o Ozempic pode causar doença cardiovascular?
Para responder a essa pergunta, Wu et al (2022) realizaram uma recente e a mais extensa revisão sistemática com meta-análise sobre o assunto, até então. Um total de 56 ensaios clínicos randomizados envolvendo 79.720 participantes com diabetes e obesidade foram analisados.
Os resultados evidenciaram que a terapia com GLP-1 RAs não foi associada a um risco geral maior de arritmias (fibrilação atrial, flutter atrial e arritmias ventriculares), demonstrando um perfil de segurança cardiovascular garantido. Além disso, os resultados sugeriram benefícios potenciais dos GLP-1 RAs em comparação com o grupo placebo, ou seja, o Ozempic tem, de fato, um efeito cardioprotetor.
Conclusão
As diversas individualidades só reforçam a necessidade de um arsenal terapêutico reforçado com diversos mecanismos de ação e protocolos baseados em ciência.
É necessário ficar atento para não ser pego de surpresa, não conseguir tratar um paciente e ter sua reputação manchada por ficar com as mãos atadas em uma situação como tratar pacientes com obesidade tipo 1, por exemplo.
Felizmente já há estudos que dão respaldo para mecanismos de ação e protocolos avançados que permitem o tratamento desse tipo de paciente mesmo tendo tantas restrições medicamentosas.
É importante que seja assim, pois a segurança do seu paciente está sempre em primeiro lugar.
O nosso propósito aqui é tornar a realidade do emagrecimento saudável com segurança cada vez mais possível. Esperamos que também seja a sua.


