A pergunta do título deste post não é só retórica, ela deveria ser feita para qualquer paciente no seu consultório antes de iniciar um processo de emagrecimento.
Sabe por quê?
A fome emocional é um dos fatores que influenciam na obesidade. E como você já deve saber, essa doença é multifatorial e por isso precisa de múltiplos mecanismos de ação para combatê-la.
A boa notícia no meio disso tudo é que há medicamentos que possuem propriedade promotoras de saciedade e anoréxicas, influenciando as redes de recompensa alimentar e o impulso motivacional para comer demais.
Por isso, estar sempre atualizado é importante para você proporcionar a melhor experiência ao seu paciente no processo de emagrecimento saudável e com segurança.
Resenha do artigo: The catcher in the gut: Tirzepatide, a dual incretin analog for the treatment of type 2 diabetes mellitus and obesity
Diariamente no consultório lidamos com pacientes que relatam comer por impulso, ou que “descontam” a ansiedade ou tristeza na comida. Muitos médicos acabam negligenciado esse relevante fator, mas a ciência tem nos mostrado que há terapêutica para tratar essa fome emocional.
O estudo de revisão de Lempesis et al (2022) apresenta o efeito da Tirzepatide (Mounjaro) sobre a fome e saciedade. A Tirzepatide imita o efeito de dois hormônios diferentes no corpo, o GLP-1 (glucagon-like peptide) e o GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide).
O GLP-1 tem propriedades anorexígenas e promotoras da saciedade, influenciando as redes de recompensa alimentar e o impulso motivacional para comer demais.
Os agonistas de GLP-1, como a Tirzepatide, são conhecidos por atuar no sistema nervoso central, onde têm um papel na homeostase energética influenciando a ingestão alimentar e desejos, apetite, saciedade e recompensa.
Assim, a Tirzepatide pode ser benéfica para o tratamento da obesidade por meio da imitação desses efeitos sobre o controle da fome e saciedade.
O potencial da Tirzepatide para ajudar a reduzir os comportamentos de compulsão alimentar ainda precisa de mais investigação, mas os resultados até então são animadores.
Vídeo comentário do artigo
Conclusão
Esse artigo só mostra o quanto ainda temos para evoluir no combate da obesidade e o quanto medicamentos podem ajudar nessa jornada.
Você, como médico, pode utilizar diversas estratégias para conter essa compulsão e favorecer ainda mais um cenário de perda de peso.
E lembrando que esse é apenas um dos diversos fatores que levam um paciente a se tornar e se manter obeso.
É por isso que nesses 40 dias com GA (Gabriel Almeida) você está tendo a oportunidade de receber diversos conteúdos para se atualizar com os avanços científicos na área de Emagrecimento e Qualidade de vida.


