Que a obesidade é um risco para a saúde de mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, não é novidade para ninguém.
No entanto, há um tipo de obesidade que é muito pior que pode levar a doenças cardiovasculares, aumento da resistência à insulina, osteoporose, aterosclerose, danos nos nervos e crescimento de tumor.
O que a torna uma doença que existe múltiplos mecanismos de ação para combatê-la. Por isso, estamos fazendo a jornada “40 dias com GA” (Gabriel Almeida), para você se atualizar, sair na frente e fazer de 2023 o melhor ano da sua carreira médica.
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O pior tipo de obesidade é a obesidade sarcopênica porque a gordura aumenta a inflamação e a musculatura libera mediadores antiinflamatórios. Se seu paciente que alta gordura e pouco músculo ele terá uma hiperflamação, o que o levará a diversas complicações.
Vamos à resenha do artigo científico:
Resenha do artigo: Exercise therapy for people with sarcopenic obesity: myokines and adipokines as effective actors
A obesidade sarcopênica é definida como uma doença multifatorial no envelhecimento com diminuição da musculatura corporal, diminuição da força muscular, diminuição da independência, aumento da massa gorda, decorrente da diminuição da atividade física, alterações nas adipocinas e miocinas e diminuição das células satélites.
Pessoas com obesidade sarcopênica causam alterações prejudiciais nas miocinas e adipocinas. Essas alterações são devidas a uma diminuição da interleucina-10 (IL-10), interleucina-15 (IL15), hormônio do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), irisina, fator inibidor de leucemia (LIF), fator de crescimento de fibroblastos-21 ( FGF-21), adiponectina e apelina. Enquanto fatores como miostatina, leptina, interleucina-6 (IL-6), interleuchina-8 (IL-8) e resistina aumentam.
As consequências dessas alterações são aumento de fatores inflamatórios, aumento da degradação de proteínas musculares, aumento da massa gorda e diminuição do tecido muscular, o que agrava a obesidade sarcopênica. Em contraste, o exercício, especialmente o treinamento de força, reverter esse processo, que inclui aumento da síntese de proteínas musculares, aumento da miogênese, aumento da biogênese mitocondrial, aumento da gordura marrom, redução da gordura branca, redução dos fatores inflamatórios e redução da atrofia muscular. Uma vez que algumas pessoas com doenças crônicas não são capazes de fazer treinamento de força de alta intensidade, exercícios com restrição de fluxo sanguíneo (BFR) são recentemente recomendados.
Conclusão
Numerosos estudos mostraram que o treinamento de baixa intensidade produz o mesmo aumento na hipertrofia e na força muscular, como o treinamento de força de alta intensidade.
Portanto, parece que as intervenções de exercícios com BFR podem ser uma maneira eficaz de prevenir a exacerbação da obesidade sarcopênica. No entanto, devido a estudos limitados sobre adipocinas e exercícios com BFR em pessoas com obesidade sarcopênica, mais pesquisas são necessárias.
Vídeo comentário do artigo: Exercise therapy for people with sarcopenic obesity: myokines and adipokines as effective actors
O artigo científico e o DOI estão logo abaixo.
Lembre-se este é um conteúdo que faz parte dos 40 dias com GA em que falamos sobre emagrecimento e qualidade de vida com insights para fazer de 2023 o melhor ano da sua carreira médica.
Por exempo: é possível evitar o efeito sanfona? É sobre isso que vamos falar amanhã.
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